Medidas para a redução de custos continuam a colocar vidas em perigo e a causar danos ao patrimônio público em Uberaba. Segundo o Sindicato dos Vigilantes de Uberaba e Região, o assalto ocorrido na agência central dos Correios comprova que a economia no setor de segurança não é o melhor negócio. Na manhã de ontem, três indivíduos armados renderam o supervisor, as faxineiras e dois vigilantes que chegavam para trabalhar no momento da ação. O fato ocorreu uma semana após a explosão de caixas eletrônicos no Hospital de Clínicas da UFTM.
De acordo com presidente da entidade, Ricardo Teixeira, dentro da agência, os indivíduos obrigaram os guardas a abrir o cofre e roubaram dois revólveres. “Toda essa redução de custos é feita sempre em cima da mão de obra formada por vigilantes e faxineiros. O governo está brincando com a situação, porque tanto nos Correios quanto no INSS tiraram todos os vigilantes noturnos e substituíram por segurança eletrônica”, afirma.
Como naquela agência tem apenas três vigilantes que trabalham durante o dia, o presidente ressalta que foi justamente por falta de vigilância noturna que aconteceu mais essa ocorrência. “Nos Correios o assalto ocorreu porque não tinha vigilante noturno resguardando essas pessoas que entram no posto de serviço pela manhã. Ou seja, quando os trabalhadores desarmaram o alarme, os ladrões chegaram para invadir. Em uma situação assim, se uma faxineira for pegar uma chave no bolso, ela corre o risco de tomar um tiro”, alerta o dirigente.
A reportagem do Jornal da Manhã tentou entrar em contato com o gerente regional dos Correios no Triângulo Mineiro e Sudoeste, João Francisco de Souza, porém foi informada de que ele estava em reunião e não poderia atender.