A cada 22 horas uma agência bancária, caixa eletrônico ou casa lotérica é alvo de criminosos no Paraná. É o que revela levantamento feito pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes), o qual aponta ainda uma alta de 5% no número de registros no ano passado na comparação com 2014. Em Curitiba, todas as nove regionais da cidade e mais de um terço dos bairros da Capital (26 de 75) registraram pelo menos um caso.
De acordo com os dados do Sindivigilantes, em 2015 o Paraná registrou um total de 398 ataques, enquanto em 2014 haviam sido 379 registros. O tipo de ataque mais comum, disparado, são as explosões de caixas eletrônicos, que no ano pasado somaram 253 ocorrências. Em seguida aparecem os assaltos/ tentativa de assaltos a banco (72), arrombamento de caixas eletrônicos (51), assalto a lotéricas (14), “saidinha de banco” (7) e, por fim, ataques contra carro-forte (1).
Somente em Curitiba e Região Metropolitana foram 163 registros de ataques, o que significa uma alta de 14% na comparação com o período anterior, quando haviam sido registradas 143 ocorrências. E a Capital, inclusive, é o município que concentra o maior número de ataques. Foram 42 ao todo em 2015.
Curitiba — Ainda segundo o levantamento do Sindivigilantes, todas as nove regionais da Capital registraram ataques durante o ano passado. A “campeã” de 2015 foi a regional do Portão, com 8 ocorrências. Em seguida aparecem as regionais do Boa Vista (6 registros), Matriz, Boqueirão, CIC e Bairro Novo, todas com 5 ocorrências.
Entre os bairros, destaques para a CIC e o Umbará, nas regionais CIC e Bairro novo, cada um com cinco ocorrências — o 1º registrou um arrombamento e quatro explosões de caixas eletrônicos, enquanto o 2º teve duas explosões, dois arrombamentos e um assalto contra lotérica. Logo em seguida aparecem o Boqueirão (regional Boqueirão) e o Campo Comprico (regional Portão), cada um com três ocorrências.
Explosão dispara e arrombamento cai
Um grande responsável pela alta de 5% nas ocorrências de ataques contra bancos e caixas eletrônicos entre 2014 e 2015 foram as explosões de caixas eletrônicos, que saltaram 33,15%. No ano passado foram registrados 253 ataques, enquanto em 2014 haviam sido 190. O arrombamento de caixas, por sua vez, teve queda de 47,4%, passando das 97 ocorrências de dois anos atrás para 51 em 2015.
Para o Sindivigilantes, os dados revelam que os criminosos estão cada vez mais organizados e fortemente armados. “O aumento das explosões só deixa claro que esse tipo de crime está muito organizado. A falta de segurança deu tempo da bandidagem se organizar e investir nesse tipo de crime. Inclusive sabemos que as quadrilhas que antes tínhamos notícia de apenas portar explosivos agora se especializaram e agem fortemente armadas. Então os criminosos se especializaram e passam por cima de quem estiver no caminho para praticarem as ações”, comenta João Soares, presidente do Sindivigilantes.
O sindicato pede maior rigor no controle de explosivos para que não chegue a mãos criminosas.
Fonte: BEM PARANÁ – PARANÁ – 18/01/16