Segundo policiais do Denarc, sete pessoas foram presas em Itapecerica.
Com eles foram encontrados fuzis e munições.
Sete homens foram presos suspeitos de tentar roubar a empresa transportadora de valores Protege, em Santo André, no ABC, na madrugada desta quarta-feira (17).
O grupo foi localizado em uma chácara em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, nesta tarde por agentes do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
Com os suspeitos foram encontrados fuzis, munições, coletes à prova de balas e um carro usado por eles. A identidade dos presos não foi divulgada. A polícia suspeita que mais pessoas tenham participado do crime.
Os agentes do Denarc chegaram até o grupo após descobrir que um traficante que era investigado por eles estava envolvido com o ataque à Protege. Eles foram até a chácara e prenderam o grupo.
Em seguida, os policiais civis foram até uma casa na Vila Alpina, na Zona Leste da capital, onde apreenderam 15 fuzis, munições e carros usados na fuga. A polícia não descarta que o grupo preso também participou dos quatro ataques a outras empresas de transporte de valores no estado neste ano.
Apesar da violência do ataque, não houve roubo de valores, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e a Protege. Duas pessoas ficaram feridas. Elas foram socorridas, levadas a hospitais, medicadas e liberadas. Ninguém morreu na ação.
O crime
Até 30 criminosos armados com fuzis e bombas tentaram roubar a empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, na madrugada desta quarta-feira (17), informou o Sindicato dos Trabalhadores em Serviço de Carro-Forte e Escolta Armada do Estado de São Paulo (Sindforte). A Polícia Militar e a empresa não confirmam o número de bandidos envolvidos na ação.
Na ação, que durou cerca de 40 minutos, a quadrilha usou veículos incendiados para bloquear vias e impedir a aproximação da polícia. Moradores relataram troca de tiros com vigilantes – um deles foi ferido. Os assaltantes fugiram sem roubar o dinheiro da Protege. Foi o quarto ataque a sede de uma transportadora no estado neste ano.
A fachada da empresa ficou repleta de dezenas de marcas de tiros na parede, em um veículo blindado e em carros estacionados na frente. A entrada do condomínio que fica do outro lado da rua também está com marcas de bala. Até a câmera de segurança foi atingida.
“Foi um terror, cena de guerra. Parecia que a gente estava em uma guerra. Teve vizinho que mora bem na frente que teve o apartamento tomado por fumaça de uma das explosões”, diz Thais Calil, de 28 anos, moradora do condomínio.
A polícia apreendeu cartuchos de fuzil de grosso calibre (ponto 50), arma de alta capacidade de destruição e que vem sendo usada pelo crime organizado em ataques contra carros-forte.
Em São Bernardo do Campo, um carro foi abandonado capotado após confronto com a polícia.
Em São Paulo, na Rua Costa Barros houve confronto com viaturas da Força-Tática seguido de acidente de trânsito. Na Rua Ibitirama foi abandonado uma picape pequena e na Avenida Salim Farah Maluf foi abandonado outro veículo, ambos com explosivos e armas no interior.
Na Rua Guacuma foram abandonados dois veículos com cartuchos de fuzil, carregadores e rádios-comunicadores. Na Rua São Raimundo uma viatura da polícia foi atingida por dois disparos. No Viaduto Grande São Paulo, três veículos foram incendiados.
Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) levaram uma série de explosivos encontrados nas proximidades da sede da empresa para ser detonado em um terreno baldio entre as avenidas Guido Aliberti e dos Estados, em Santo André.
FONTE: G1 São Paulo