Investigadores suspeitam que automóvel é um dos 3 usados por criminosos. Carro queimado achado em canavial tinha chassi de veículo clonado.
Um veículo blindado suspeito de ter sido usado pelo grupo que explodiu esta semana um carro-forte da empresa de valores Protege, em Barinha (SP), e depois matou um policial militar foi encontrado na zona rural de Guatapará (SP) nesta quinta-feira (16).
Completamente carbonizado, o automóvel SUV foi achado no canavial de uma fazenda com chassi de um veículo clonado de São Paulo, segundo informações da Polícia Civil.
Os investigadores apuram se esse é um dos três carros utilizados pela quadrilha na noite de segunda-feira (13) e se, de fato, ele foi abandonado na fuga dos criminosos.
O roubo à Protege foi o quarto registrado na região de Ribeirão Preto (SP) em dois anos. O Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte de São Paulo (Sindforte) cobra mudanças na legislação que permitam aos vigilantes usar armamento mais potente no combate às quadrilhas.
Ataque à Protege
Segundo a polícia, o roubo ao carro-forte aconteceu por volta de 19h de segunda-feira, próximo ao quilômetro 100 da Rodovia Carlos Tonani. O veículo havia sido carregado com dinheiro em Jaboticabal e cidades próximas, e seguia para Ribeirão Preto.
Em um Honda CR-V, os suspeitos ultrapassaram o carro-forte e passaram a atirar contra ele com a intenção de atingir o motor. A viatura deixou então a pista e parou no canteiro central. Os assaltantes ordenaram que os vigilantes desocupassem o carro.
Em depoimento, os seguranças disseram ter visto um dos ladrões com arma longa, encapuzado e com colete à prova de balas. Os suspeitos mandaram os funcionários deixarem suas armas na rodovia e fugirem.
As vítimas seguiram a pé por um canavial em direção a Barrinha, mas continuaram ouvindo disparos. Os vigilantes também avistaram dois veículos – que não conseguiram identificar o modelo – se aproximando do local do crime, segundo o boletim de ocorrência.
Ainda de acordo com a polícia, a quadrilha usou dinamite para explodir o cofre do carro-forte. Parte do dinheiro foi levada e o restante deixado no local. O valor roubado não foi informado pela empresa de transporte de valores.
Na ação, o soldado da PM Erik Henrique Ardenghe, de 28 anos, acabou baleado e morto pelo grupo durante perseguição a uma caminhonete que, mais tarde, descobriu-se pertencer a uma usina de açúcar, sem qualquer envolvimento com a ação.
Fonte: G1