Laudo indica que cápsulas apreendidas em roubo a carro-forte na Rodovia Anhanguera e em explosão a caixa eletrônico em Guará (SP) tem relação com arma romena apreendida em julho.
A Polícia Civil suspeita que o fuzil romeno AK-47 usado no mega-assalto à Prosegur em Ribeirão Preto (SP), em julho do ano passado, foi utilizada também no ataque ao carro-forte da Protege na Rodovia Anhanguera (SP-330), três meses antes, e ainda pela quadrilha que explodiu caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal em Guará (SP), em junho.
Laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo aponta que as cápsulas apreendidas em frente à agência em Guará tiveram as espoletas detonadas pelo mesmo fuzil 7,62 milímetros usado no assalto à empresa de transporte de valores em Ribeirão. A arma foi apreendida junto com munição e detonadores de dinamite em 27 de julho.
“Face ao exposto, conclui-se que o ESTOJO identificado como cor AZUL (I.P.139/2016) teve a sua espoleta percutida e detonada pelo percutor do FUZIL de marca C.N.ROMARM SA, modelo GP/WASR – 10/63, do calibre nominal 7,62 mm x 39 mm, identificado com o número 6566”, diz o documento assinado pelo perito Gustavo Teixeira Cordeiro.
Ainda segundo o relatório, foram observadas “concordâncias em número suficiente” entre 28 estojos apreendidos em frente à Prosegur e na Rodovia Anhanguera. Os peritos avaliaram elementos como profundidade, localização do picote e outras marcas, assim como estriamentos finos que são “individualizadores no exame comparativo”.
“Face ao exposto, conclui-se que os estojos identificados como (SACO A/Prosegur) (I.P.166/2016) e os estojos (COR VERDE/Rodovia Anhanguera) (I.P.166/2016) tiveram as suas espoletas percutidas e detonadas pelo percutor da mesma arma”, consta no laudo.
Apesar do resultado, a Polícia Civil ainda não confirma se a mesma quadrilha foi responsável pelos três crimes. Da Prosegur, os suspeitos roubaram cerca de R$ 51,2 milhões – R$ 194 mil foram recuperados. Já o carro-forte da Protege transportava R$ 3,2 milhões. O valor levado da Caixa Econômica Federal não foi informado.
Outros exames
A Polícia Civil também encaminhou para análise cápsulas de fuzil apreendidas no ataque a outro carro-forte da Protege, na Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, em Guatapará (SP), em novembro de 2015. Entretanto, o IC não aponta relação entre a munição e a arma apreendida após o mega-assalto à Prosegur.
“Face ao exposto, conclui-se que os estojos incriminados I.P.166/2016 e 121/2016 não tiveram as suas espoletas percutidas e detonadas pelo percutor do FUZIL de marca C.N. ROMARM SA, modelo GP/WASR – 10/63, do calibre nominal 7,62 mm x 39 mm, identificado com o número 6566”, diz o laudo pericial.
Investigação
A partir de um relatório da concessionária que administra as rodovias na região de Ribeirão Preto, a polícia conseguiu identificar também a rota de fuga da quadrilha que assaltou a sede da Prosegur. Imagens de câmeras nas praças de pedágio apontam o trajeto do caminhão graneleiro que transportou os suspeitos, com dinheiro e armamento.
Os investigadores descobriram ainda que os chefes do grupo receberam cerca de R$ 5 milhões cada um. A informação foi obtida após interceptação telefônica em que Juliano Moisés Lopes, preso em Rio Quente (GO), conversa com um primo.
Ainda segundo a polícia, o principal suspeito de chefiar a quadrilha foi identificado depois que funcionários de um banco sentiram cheiro de fumaça em notas depositadas por ele na conta da mãe. As transações foram feitas em caixas eletrônico.
Até agora, seis suspeitos de participar da ação foram presos e dois permanecem foragidos, entre eles Diego Moura Capistrano, apontado como o mentor do mega-assalto. A Polícia Civil também recuperou R$ 194 mil e apreendeu 20 fuzis, além de duas metralhadoras ponto 50.
A Justiça já aceitou denúncias contra oito acusados de participação no mega-assalto – os seis presos e os dois foragidos. Eles respondem por organização criminosa armada, latrocínio múltiplo, entre outros delitos que, somados, ultrapassam os 100 anos de prisão.
Investigação
A partir de um relatório da concessionária que administra as rodovias na região de Ribeirão Preto, a polícia conseguiu identificar também a rota de fuga da quadrilha que assaltou a sede da Prosegur. Imagens de câmeras nas praças de pedágio apontam o trajeto do caminhão graneleiro que transportou os suspeitos, com dinheiro e armamento.
Os investigadores descobriram ainda que os chefes do grupo receberam cerca de R$ 5 milhões cada um. A informação foi obtida após interceptação telefônica em que Juliano Moisés Lopes, preso em Rio Quente (GO), conversa com um primo.
Ainda segundo a polícia, o principal suspeito de chefiar a quadrilha foi identificado depois que funcionários de um banco sentiram cheiro de fumaça em notas depositadas por ele na conta da mãe. As transações foram feitas em caixas eletrônico.
Até agora, seis suspeitos de participar da ação foram presos e dois permanecem foragidos, entre eles Diego Moura Capistrano, apontado como o mentor do mega-assalto. A Polícia Civil também recuperou R$ 194 mil e apreendeu 20 fuzis, além de duas metralhadoras ponto 50.
A Justiça já aceitou denúncias contra oito acusados de participação no mega-assalto – os seis presos e os dois foragidos. Eles respondem por organização criminosa armada, latrocínio múltiplo, entre outros delitos que, somados, ultrapassam os 100 anos de prisão.
O mega-assalto
A ação, na madrugada de 5 de julho, durou cerca de uma hora. A quadrilha bloqueou as ruas de acesso à Avenida Saudade usando veículos e espalhou pregos pelas vias para dificultar a aproximação da Polícia Militar.
Em seguida, o grupo atirou contra um transformador de energia, deixando 2,2 mil imóveis e as ruas do bairro Campos Elíseos no escuro. Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado e alguns conseguiram filmar a ação.
Ao todo, 15 veículos foram usados no assalto, sendo que três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial. Na Rodovia Anhanguera (SP-330), um policial rodoviário foi morto com um tiro na cabeça, durante a fuga da quadrilha.
Um morador de rua de 38 anos que teria sido usado como escudo pelos suspeitos também morreu queimado após o assalto. O homem estava próximo a um dos veículos que foi incendiado pelo grupo.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-3), João Osinski Junior, disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão. Segundo o delegado, mais de mil tiros de fuzil foram disparados em 40 minutos contra os policiais.
O secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, que esteve em Batatais (SP) para o enterro do policial morto na ação, disse que prender os suspeitos é uma questão de honra para o Estado.
Fonte: G1