Os números são assustadores. A CONTRASP exige troca de armamento e extensão do porte de arma em defesa da vida dos trabalhadores
Os profissionais vigilantes estão sendo alvejados, mortos, sequestrados em quantidades assustadoras. Enquanto os bandidos agem com armas de guerra, os vigilantes exercem a profissão com armamentos precários, deixados à beira da morte pelo Estado.
O luto tomou conta do Brasil. Diariamente ataques brutais tiram a vida dos nossos trabalhadores ou deixam sequelas pelo resto da vida. É assustador: nos últimos cinco dias, pelo menos dois vigilantes foram assassinados, companheiros foram baleados, foram reféns em assaltos a bancos e em ataque a transportadora de valores.
No último domingo (06/08), um vigilante, 43 anos, foi alvejado por sete tiros e morreu em serviço, em Pratinha, Belém (PA). Ele foi cruelmente assassinado pelas costas, sem condições de defesa.
Em Campina Grande (PB), na noite do último sábado (05,08), um vigilante que trabalhava na Feira de Prata foi morto a tiros. Já na última sexta-feira (04/08), uma transportadora de valores foi atacada em Imbiribeira, Zona Sul do Recife (PE), fazendo os trabalhadores reféns.
Em Pampulha (BH), na quinta-feira (03/08) mais um ataque e um vigilante foi baleado na perna em serviço. Já em Cantiba, centro-sul da Bahia, ainda na quinta-feira (03/08), um vigilante foi levado como refém na fuga de um assalto a banco.
Até quando?
Estes profissionais possuem o dever de proteger o patrimônio e a vida. Mas acontece que sem o reconhecimento, acabam sendo deixados de lado: como estes profissionais, que enfrentam tanta violência diariamente, não possuem armamentos qualificados?
A nossa luta diária é para conquistar melhores armamentos, assim como a extensão do porte de arma, e fornecer o poder de defesa e proteção dos trabalhadores.
Emplacamos o PLS 16/2017, que está aguardando a designação do relator, que permite calibres maiores aos profissionais vigilantes, em defesa da vida. Outras iniciavas estão sendo cobradas diante das autoridades, com deputados e senadores, para que os vigilantes possam exercer esta profissão de grande responsabilidade e coragem com mais segurança.
Exigimos o direito a vida dos nossos trabalhadores. A luta é árdua, mas com a união da categoria e o seu apoio podemos chegar mais longe e mais depressa. Nos ajude a divulgar estas campanhas, a conscientizar sobre a profissão, e assim, fortalecer a categoria para maiores conquistas. Essa luta é nossa!
Fonte: Bom Dia CONTRASP