Vigilantes da Preserve podem paralisar caso a empresa não encaminhe o companheiro para um hospital particular
Na tarde de ontem (15/08), por volta das 17h40, um carro-forte foi atacado em São Bento Una (PE), na PE-180, por cerca de oito criminosos com armamentos de grosso calibre.
Segundo o Sindfort-PE, que está acompanhando o caso, o motorista do carro-forte, 31 anos, foi atingido por três tiros. Um na perna esquerda, um no tornozelo direito e outro tiro que atingiu o lado esquerdo da região da cintura.
Segundo primeiras informações, que estão sendo apuradas pelo Sindicato, as munições atravessaram a blindagem do carro-forte e atingiu o vigilante.
O vigilante passou por cirurgia e teve que amputar a perna direita. Demorou mais de cinco horas desde que o vigilante foi alvejado, sendo transferido de um hospital para outro, até que passasse por cirurgia no Hospital da Restauração, instituição hospitalar pública da cidade do Recife.
“Ele corre risco de vida e a situação se agravou pelo tempo que levou para ser atendido. A empresa poderia ter levado ele para um hospital particular em Caruaru e ele não teria perdido essa perna. E além de perder a perna, ele pode perder a vida. Estamos aqui e vamos brigar o dia todo hoje para transferir ele para um hospital particular”, contou Cláudio Mendonça, Presidente do Sindfort-PE.
E se o companheiro não for transferido hoje, o Sindfort-PE vai paralisar a empresa Preserve. É um grande descaso das empresas com a vida dos vigilantes. Estamos enfrentando a luta num país em que o dinheiro vale mais do que a vida.
A CONTRASP se coloca a disposição ao Sindfort-PE e ao que for necessário, e continuará apurando sobre o estado de saúde do vigilante e sobre o ataque. Os vigilantes do Brasil se solidarizam e é hora de unir as forças em proteção à vida do trabalhador.
Até quando vigilantes enfrentarão bandidos violentos, protegendo a vida e o patrimônio de terceiro, sem contar com a própria segurança? Perdendo a vida, vendo companheiros baleados ou ficando a beira da morte.
A CONTRASP não descansará na sua luta, em união com os vigilantes do Brasil, para atualizar o armamento ultrapassado da categoria e fornecer a extensão do porte de arma, em proteção à vida destes trabalhadores.
Entre outras iniciativas, estamos atuando para emplacar o PLS 16/2017, que permite armamentos de calibres maiores aos vigilantes. Atualmente, o Projeto de Lei do Senado está aguardando a designação do relator.
A extensão do porte de arma dos vigilantes, pelo direito de se proteger após o expediente, também é luta da CONTRASP, que está articulando com deputados e senadores, para que possam enquadrar estas urgências.
Essa luta é nossa!
Fonte: Bom Dia CONTRASP