Logo no dia seguinte, em Pernambuco, dois vigilantes foram baleados em serviço
A guerra na segurança privada tomou proporções perturbadoras e os vigilantes seguem encarando a morte diariamente. Nesta quinta-feira (11/01), quatro vigilantes passaram por momentos aterrorizantes num ataque cruel na zona norte de Porto Alegre.
Foram cerca de cinco criminosos que atacaram o carro-forte, renderam e sequestraram os vigilantes. Dois deles tiveram artefatos que seriam supostos explosivos presos no corpo.
Dois vigilantes foram liberados em Canoas e os outros trabalhadores foram deixados próximo ao Aeroporto Salgado Filho. Um deles ainda ficou com o suposto explosivo preso no corpo e, após ser isolado e retirado pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Brigada Militar, foi informado que era um simulacro. Uma verdadeira cena de terror.
Já no dia seguinte, sexta-feira (12/01), dois vigilantes foram baleados na perna com tiros de fuzis em mais um ataque em Pernambuco. Desta vez, o sinistro ocorreu contra um carro-forte da Preserve que seguia sentido Moreno-Recife, na BR-232, próximo ao Moreno Parque Aquático.
Os companheiros passaram por cirurgia e estão em hospitais públicos. Hoje (15/01) pela manhã, o Sindfort-PE paralisou a Preserve reivindicando a transferência dos vigilantes para um hospital particular e a contemplação de um plano de saúde aos vigilantes, que estão sendo massacrados e a empresa vergonhosamente só enrola para aderir ao plano de saúde.
O nosso maior patrimônio é a vida
É desumana a realidade da categoria. Sem o devido reconhecimento na profissão de risco, pais e mães de família protegem vidas e patrimônios de terceiros, sem a segurança que chegarão em casa no final do expediente.
A CONTRASP atua em defesa da vida, trabalhando diariamente em suas campanhas nacionais pela extensão do porte de arma e pela troca de armamento dos vigilantes. Para emplacar estas urgências, articulamos com deputados e senadores e, entre outras iniciativas, uma esperança está PLS 16/2017, que permite armamentos de calibres maiores aos vigilantes.
Precisamos do máximo de mobilização, apoio e divulgação para pressionar as autoridades que se mantêm caladas. Essa luta é nossa!
Fonte: Bom Dia CONTRASP