Categoria alega débito em junho e julho, além dos últimos três meses de 2014. Reunião na Procuradoria-Geral do estado com empresas pode definir acordo.
Vigilantes que atuam nas escolas estaduais do Amapá realizaram um protesto na sexta-feira (7) cobrando o pagamento de pelo menos cinco meses de salários que estariam atrasados, segundo a categoria. O manifestação, com faixas e gritos de ordem, aconteceu em frente a sede da Procuradoria-Geral do estado, no Centro de Macapá.
De acordo com os profissionais das quatro empresas vencedoras da licitação e que atuam nas escolas, os salários dos três últimos meses de 2014 e de junho e julho de 2015 não foram pagos a nenhum trabalhado. A reunião além da categoria, do governo e das empresas, é acompanhada por uma comissão do Ministério Público do Amapá (MP-AP).
A reunião encerrou no início da tarde, e segundo a Procuradoria as empresas assumiram as dívidas, e que o governo do estado pretende repassar o valor referente aos meses de junho e julho até o dia 10 de agosto. Parte das empresas sinalizou o pagamento do período e algumas indicaram não terem condições de fazerem a quitação dos débitos totais, sob pena de não arcar com gastos de tributos e contribuição.
O governo explicou que não é o responsável pelo atraso nos pagamentos, e que os repasses não estavam sendo feitos por causa de falta de documentação adequada por parte das empresas e a regularização delas junto à Secretaria de Estado da Educação (Seed).
O ato desta sexta-feira não prejudicou a cobertura nas escolas, embora os vigilantes não descartem a possibilidade de paralisação. Roberto Farias, presidente do Sindicato dos Vigilantes (Sindiviap), cobra um acordo efetivo entre as prestadoras do serviço, e pede que pelo menos os salários de 2015 sejam pagos.
“O governo sinalizou que vai repassar no dia 10 o pagamento de junho. Com isso já fizemos três ações de cobrança contra as empresas e aguardamos uma solução para os trabalhadores que estão passando fome”, lamenta Farias.