‘Tremeu bastante coisa’, diz morador de cidade em que banco foi explodido

contrasp 30 de novembro de 2015

Os assaltantes que atacaram o Banrisul em Lindolfo Collor conseguiram fugir da polícia usando um ônibus e trabalhadores de uma empresa que fica em frente ao banco para se proteger. O arrombamento à agência ocorreu na madrugada deste sábado (28), na cidade de cerca de cinco mil habitantes, distante cerca de 50 km de Porto Alegre.

De acordo com a Brigada Militar, os assaltantes esperaram a troca de turno de uma empresa de couro e abordaram o ônibus de funcionários para usar na ação. Com o veículo, eles bloquearam um dos acessos ao local.

“Eu me deitei no corredor no ônibus pra garantir. Quando vi, teve ume estouro. O meu ônibus tremeu… Me assustei, né? Nunca passei por isso”, diz um dos motoristas rendidos, que teve a identificação preservada.

Morador da região, o radialista Ricardo Toyo conta que, no momento da explosão, os móveis de dentro da casa dele tremeram. “Armários da cozinha, roupeiros, tremeu bastante coisa. Em seguida aconteceram os disparos, aí saimos para a rua”, lembra. “São dois brigadianos de guarnição à noite, então os bandidos vêm fortemente armados, sempre mais armados que a polícia”, completa.

O ataque ocorreu por volta das 2h30 da madrugada. Pelo menos três assaltantes chegaram ao local de caminhonete, vestidos de preto, se dizendo policiais, e renderam motoristas de ônibus que transportam funcionários. Eles foram feitos de escudo humano.

Apesar do susto e das ameaças, ninguém ficou ferido. Depois de efetuar o roubo explodindo um caixa eletrônico da agência, os criminosos fugiram. No caminho, encontraram uma viatura da Brigada Militar, que se deslocava ao local da ocorrência, e houve troca de tiros. Ninguém foi preso.