Uma operação conjunta entre o Denarc e o Departamento de Homicídios na manhã desta segunda terminou com as prisões de cinco suspeitos — duas mulheres e três homens — de integrarem uma quadrilha atuante na Vila Vitória da Conquista, na região do Porto Seco, Bairro Rubem Berta, Zona Norte de Porto Alegre. Entre os objetos apreendidos com eles chamou a atenção dos policiais uma pistola 9mm, de fabricação em Montenegro, no Leste Europeu.
A arma já foi apontada como uma das traficadas para formar o arsenal do Estado Islâmico. Em Porto Alegre, acreditam os investigadores, ela também já fez estragos. Seria um dos armamentos que aparecem em um vídeo extremamente violento divulgado nas redes sociais pelos próprios executores de D.C.S.P., com mais de 30 tiros, há uma semana, na vizinha Vila Nova Dique.
Foto: Polícia Civil / Divulgação
Entre os presos na manhã desta segunda estão os dois principais suspeitos daquele crime, conhecidos como Neguinho e Nego Bida. Autuados em flagrante, assim como os demais presos, por tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma e munições, eles ainda terão as prisões solicitadas à justiça pela morte de D.C.S.P.
— Temos elementos contundentes que relacionam estes presos na operação a pelo menos três assassinatos, mas seguimos investigando a possibilidade de participação em mais mortes — afirma o delegado João Paulo de Abreu, da 3ª DHPP.
Protesto bloqueia avenida na Zona Norte de Porto Alegre
De acordo com o delegado Mario Souza, 1ª Din, do Denarc, a ação foi pontual e desarticulou lideranças de uma das quadrilhas de tráfico mais violentas em ação na Capital.
— Vínhamos investigando a atuação deles e mapeando onde encontraríamos os principais integrantes do bando. A importância maior da operação foi a de chegar a essas pessoas — valoriza o delegado.
A polícia ainda caça um fuzil 5.56 também usado na morte de D.C.S.P. Denominados os “vinténs”, os criminosos da Vitória da Conquista travam uma guerra com traficantes das vilas Nova Dique e Santa Rosa. Conforme o levantamento do Diário Gaúcho, pelo menos 36 pessoas já foram assassinadas entre as vilas da região do Porto Seco neste ano.
Fonte: ZERO HORA – RIO GRANDE DO SUL – 07/12/15