Em menos de uma semana do último assalto, os bancos da Serra e arredores voltam a ser alvo dos criminosos. Com o roubo às agências do Banrisul e Sicredi, nesta segunda, em São Pedro da Serra, no Vale do Caí, a região já contabiliza 19 ataques a bancos em 2016. Na terça-feira passada, o crime foi registrado no Banrisul de Santa Tereza, seguido de um mercado e um posto de gasolina nas proximidades.
Em São Pedro da Serra, pelo menos cinco homens armados e encapuzados usaram marretas para quebrar os vidros do Banrisul, na Av. Pedro Chies, no Centro, por volta das 12h45min. Eles renderam funcionários e clientes e, após o roubo, seguiram com dois guardas da agência até o Sicredi, a 100 metros.
Os bandidos usaram os reféns para entrar e, na fuga, trocaram os guardas por dois funcionários. Ninguém foi ferido. Os ladrões entraram em um Ônix branco e um Gol e seguiram para a Linha Francesa Alta, interior de Barão, onde abandonaram os reféns e o Ônix.
Ali, não se sabe que caminho os criminosos tomaram, já que a localidade pode levar a várias cidades, como Farroupilha, Carlos Barbosa, Tupandi, São Sebastião do Caí e Bom Princípio. A polícia investiga a participação de um HB20. Até o fechamento desta edição, ninguém foi preso.
O assalto foi percebido por alguns estabelecimentos comerciais das proximidades, como em uma agropecuária, que fechou as portas durante a ação.
— Não tínhamos ouvido nada, até que chegou aqui um rapaz que passava na rua, dizendo que os bandidos mandaram ele “fechar os olhos que iam assaltar o banco”. Ele achou que era mentira e continuou caminhando. Quando ele olhou para trás, estava acontecendo e nos avisou. Mal terminei de fechar a loja e já tinha terminado tudo (o assalto) — conta um funcionário, que prefere não se identificar.
A exemplo de outras cidades do interior, São Pedro da Serra, com aproximadamente 3.500 habitantes, sofre com o baixo efetivo policial. São dois PMs durante o dia e dois à noite para patrulhar quatro cidades: além de São Pedro, Salvador da Serra, São José do Sul e Barão. No momento do assalto, não havia policiais na cidade.
— O município tem poucos problemas, mas nos sentimos a mercê, nunca sabemos onde os policiais estão. Os bandidos se aproveitam disso, temos bastante arrombamentos no interior. O nosso posto da polícia, na Rua Duque de Caxias, está quase sempre fechado. Temos duas casas onde residem policiais como auxílio moradia, mas eles atuam nas outras cidades também — desabafa o secretário da Administração, Sinésio Antônio Follmann.
Fonte:PIONEIRO – RIO GRANDE DO SUL – 22/03/16