A Polícia ainda enaltece os trabalhos realizados que culminaram na captura do principal instrumento utilizado pelas organizações criminosas que atuam nos ataques a instituições financeiras. É comum, conforme os investigadores, a preferência dos assaltantes pelo uso de fuzis, instrumentos de guerra, que estão cada dia mais comuns no dia a dia das cidades cearenses.
Ao todo, de janeiro a setembro deste ano, já foram 11 armas do modelo apreendidas em todo o Estado. Ano passado, em igual período, haviam sido apenas dois fuzis localizados. O crescimento foi de 450% nas apreensões, segundo informou o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Raphael Vilarinho.
“Outra coisa que estamos dando prioridade na DRF é apreender o instrumento número um do crime, especialmente dos bandidos que fazem ataques a instituições financeiras, que são os fuzis. O aumento na apreensão foi de 450% em relação a 2014″, ressaltou o delegado.
Investigações
Vilarinho explicou que as armas de grosso calibre, utilizadas em guerras, são trazidas de outros Países utilizando a mesma rota de escoamento do tráfico de entorpecentes.
“O armamento é fruto de contrabando, vindo do exterior, de países como os Estados Unidos, Suíça, e chegam ao Brasil pelo mesmo caminho da droga. Há várias investigações em curso no intuito de apreender mais fuzis das mãos dos bandidos”, disse.
A ligação com o tráfico de drogas não se limita às rotas usadas no transporte ilegal do armamento dos criminosos. Conforme a Polícia, as quadrilhas que atacam instituições financeiras possuem fortes ligações com os grupos que negociam drogas.
“É uma via de mão dupla. O traficante de droga põe dinheiro no assalto para se capitalizar e comprar droga. E o assaltante de banco investe o fruto do roubo na droga, para triplicar o dinheiro dele”, explicou.
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE – CEARÁ – 05/10/15