Suspeitos invadiram posto na zona norte, abriram caixa de força e danificaram ligações. Secretaria Municipal da Saúde informou que atendimentos devem ser retomados durante a tarde.
A Unidade de Saúde da Família (USF) Doutor Luiz Gonzaga Olivério, na zona norte de Ribeirão Preto (SP), teve atendimentos suspensos durante a manhã desta segunda-feira (10) devido ao furto de fiações elétricas. O posto no bairro Heitor Rigor foi invadido por suspeitos durante a madrugada.
Sem energia, os equipamentos não puderam ser utilizados e o sistema de refrigeração de aproximadamente mil medicamentos e vacinas ficou desligado. Segundo funcionários, essa é a terceira vez que o local é alvo de criminosos.
Equipes de manutenção da Prefeitura e da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) trabalham para restabelecer a energia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que os atendimentos devem ser retomados à tarde, depois que os reparos forem concluídos.
Furto de fiação
De acordo com a gerente da USF, Márcia Domingos, os funcionários descobriram o furto quando perceberam que as tampas da fiação estavam fora do lugar. Os invasores, segundo ela, cortaram as concertinas do fundo do prédio para entrar. Márcia contou que a unidade não possui um segurança fixo.
“A unidade não tem vigilante. Tem câmeras, tem alarme, mas ela não tem vigilante. Faz algum tempo que a gente reivindica uma segurança”, afirmou.
Devido à falta de energia, o posto não consegue atender pacientes e os medicamentos, dentre as quais vacinas, podem perder a validade.
“Nosso sistema informatizado a gente não consegue usar, e principalmente as vacinas, que são conservadas nas geladeiras, a insulina, que é conservada na geladeira. Então, principalmente isso. Essa é a nossa maior preocupação no momento”, comentou.
As vacinas serão recolhidas e reavaliadas pela Vigilância Epidemiológica. Essa é a terceira vez que o posto de saúde, que atende até 200 pessoas por dia, é furtado.
“Uma vez nós ficamos sem as torneiras, uma vez nós ficamos sem televisão e agora a gente ficou sem a fiação toda”, declarou a gerente da unidade de saúde.
Reclamações
A dona de casa Teresinha das Graças contou que recebe atendimento do posto de saúde para tomar insulina e remédio de pressão, mas devido ao furto teria que ir à Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Central.
“Fica difícil. Ainda mais para a gente que toma remédio controlado. É muito difícil. Eu tenho em casa também, mas se acabar eu tenho que correr”, disse.
O fechamento da unidade do Heitor Rigon também causou transtornos para Neusa Maria, que tinha ido buscar um remédio para a filha epilética nesta segunda-feira.
“Está fechado e não tem energia para dar os remédios, porque como que ela [médica] vai bater, né? E são uns remédios que são controlados, para criança deficiente, com epilepsia. E agora?”
Fonte: Jornal da EPTV 1ª Edição