Em defesa aos vigilantes de escolta armada, que enfrentam ataques violentos praticamente todos os dias, a CONTRASP e Federações filiadas compareceram na Polícia Federal, em Brasília, na última terça-feira (11/07), denunciando a chacina e exigindo segurança aos vigilantes de escolta armada, com medidas urgentes para proteger a vida dos trabalhadores.
Por solicitação da FEV RJ – Federação dos Vigilantes do Estado do Rio de Janeiro, a audiência ocorreu às 15h, ocasião em que os representantes sindicais entregaram um documento exigindo mudanças urgentes.
“Pleiteamos a alteração do armamento para um calibre maior e automático, como um instrumento de trabalho para a defesa da vida. É preciso garantir o efetivo mínimo de quatro vigilantes na escolta, bem como a mudança de veículo com maior espaço, potencia e blindagem, além do aumento da fiscalização nas empresas de escolta armada”, afirma Antônio Carlos Oliveira, Diretor da FEV/RJ e Presidente do SindvigRIO.
“As empresas se preocupam apenas com a carga, não com a vida do trabalhador. Pedimos providencias em relação à quantidade de ataques que tem acontecido em todo o Brasil, em especial no Rio de Janeiro, onde companheiros têm perdido a vida ou, quando sobrevivem, carregam sequelas para a vida inteira”, afirma João Soares, Presidente da CONTRASP.
Como ocorreu com o vigilante de escolta armada Luiz Cláudio dos Santos, 45 anos, um sobrevivente de guerra que foi prestar seu depoimento na Polícia Federal. O companheiro sofreu um atentado, em que o carro que trabalhava foi alvejado por mais de 50 tiros e três deles atingiram o companheiro.
Ele foi atingido na cabeça, no ombro esquerdo e no braço esquerdo. Passou oito dias em coma induzido, perdendo uma visão, parte da audição e o movimento do braço esquerdo.
“Graças a Deus estou aqui para poder lutar por melhorias na escolta armada. Sofro muito, pelo o que eu enfrentei, limitado pelas minhas sequelas, e principalmente pelo o que os meus companheiros sofrem no exercício da profissão”, contou Luiz Cláudio Antônio dos Santos.
Hoje, o que o motiva, é luta por melhoria na classe dos vigilantes, junto aos representantes sindicais.
Após o ato, a pauta tramitará com urgência na próxima reunião da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (CCASP). A CONTRASP também orienta a todos Sindicatos e Federações a atuarem ativamente com denúncias sobre as irregularidades na Polícia Federal, que devem ser encaminhadas no e-mail: cgcsp@dpf.gov.br com cópia para contrasp@outlook.com
Fonte: Bom Dia CONTRASP