Entidades reivindicam melhores condições de trabalho aos vigilantes de escolta armada
Os vigilantes de escolta armada do país trabalham sob constante risco. Prova disso são os casos frequentes de ataques e, até, morte desses trabalhadores. Pela valorização da vida dos vigilantes, a Federação dos Vigilantes do Rio de Janeiro e a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp) cobram mudanças na legislação que regulamenta o setor.
Apesar da grande responsabilidade que é garantir a integridade do bem escoltado, os vigilantes de escolta armada trabalham com armamento obsoleto, baixo efetivo de trabalhadores, veículos inapropriados e sem blindagem, equipamentos de segurança pessoal defasados e elevada carga horária de trabalho.
Na contramão do descaso e do desrespeito com que os vigilantes de escolta armada são tratados pelo empresariado e pelo poder público, as quadrilhas especializadas estão cada vez mais ousadas. Com armamento de uso militar, os assaltantes agem nas estradas brasileiras, atacam cargas valiosas e expõem a vida dos trabalhadores.
“A situação é grave e, infelizmente, se tornou comum em todo o território nacional. No Rio de Janeiro, por exemplo, um caminhão de mercadorias é roubado a cada 12 horas, principalmente em áreas próximas à comunidades não pacificadas pela polícia”, afirma o presidente da Federação, Sérgio Luiz.
Armamento
Além de lutar pelo cumprimento efetivo da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que resguarda o trabalhador quanto à carga horária e ao salário, por exemplo, os representantes dos trabalhadores cobram novo armamento e porte de arma em tempo integral aos vigilantes.
“É inaceitável que vigilantes trabalhem com equipamentos tão antiquados, principalmente se comparados à força bélica das quadrilhas”, destaca o presidente da Contrasp, João Soares. “As empresas e as autoridades públicas precisam garantir que esses trabalhadores desempenhem seu trabalho e tenham instrumentos para preservar sua própria vida e a de terceiros”, completa.
A Confederação, a Federação e demais entidades sindicais que representam a categoria lutam para que o vigilante trabalhe com pistolas semiautomáticas PT 380 e uma arma longa de calibre 12, 16 ou 20. Os armamentos usados hoje são revólveres calibre 38 e escopeta.
Joanna Alves
Da Contrasp