Muito além do imposto sindical, argumento de alienação para uma nova escravidão, trabalhadores brasileiros já começaram a sentir as atrocidades da reforma trabalhista
Os trabalhadores brasileiros começaram a sentir na pele as aberrações da reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro deste ano. Com base nas novas regras sujas da reforma, a 2 ª Vara do Trabalho de Volta Redonda (RJ) condenou uma ex-funcionária a pagar R$67,5 mil ao Itaú Unibanco para arcar com as bonificações dos advogados.
É a reforma trabalhista posta em prática, mostrando sua ferocidade, e do que os sindicatos vêm lutando contra com tanta veemência. Muito além do imposto sindical, a reforma coage os trabalhadores a não cobrarem seus poucos direitos, postos numa situação humilhante.
Entre tantas precariedades, ela exige que se o trabalhador perder a ação, ele é obrigado a arcar com honorário e outras despesas. Tudo para proteger as empresas e os ricos, acuando o trabalhador para que não entre na justiça. A justificativa é para inibir aventureiros, mas na verdade é para inibir os trabalhadores.
O luto é grande, após o assassinato de anos de luta dos trabalhadores brasileiros conquistados com suor e sangue. Com sua inegável força, o momento não é de abaixar a cabeça, e sim de união dos trabalhadores com seus sindicatos – que estão, em conjunto com suas assessorias jurídicas, armados para defender os direitos dos trabalhistas.
Fonte: Bom Dia CONTRASP