Colégio Everaldo Vasconcelos está sem segurança. Vigilante saiu da escola após governo não renovar contratos com empresas
Alunos da Escola Estadual Everaldo Vasconcelos, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, convivem mais uma vez com a suspensão das aulas por causa da violência. O colégio sofreu o quinto roubo nesta sexta-feira (26) desde o início do mês, quando o prédio ficou sem vigilante em decorrência da não renovação dos contratos com as empresas por parte do governo.
As marcas de violência deixadas na escola são semelhantes às demais nos crimes praticados anteriormente contra o colégio. No cenário, portas e cadeados arrombados, documentos rasgados e objetos furtados.
De acordo com a diretora da escola Everaldo Vasconcelos, Ana Zeneide, de propriedade do colégio foi levado o único botijão que restava para cozinhar a merenda dos alunos e câmeras de segurança. A lanchonete existente dentro do prédio foi saqueada.
Além dos furtos, salas da administração foram arrombadas e documentos foram rasgados.
“Eles arrombaram as portas e levaram o que ainda tinha. Como não viram muita coisa, rasgaram documentos, quebraram gavetas e fizeram um verdadeiro ato de vandalismo. Eles pularam o muro. Ainda não fomos, infelizmente, beneficiados com os vigilantes. Levaram o último botijão que tínhamos para fazer merenda e suspendemos as aulas nesta sexta-feira. O que sobrou estamos guardando para não perdermos”, relatou a diretora.
Apesar do quinto assalto, a escola ainda não recebeu um dos vigilantes do setor de administração do governo do Amapá que seriam encaminhados para 50 colégios considerados vulneráveis.
O remanejamento dos serviços foi a medida encontrada pelo Estado para minimizar os furtos nos colégios, que passam de 15 em Macapá e Santana. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que verificaria nesta sexta-feira se a escola Everaldo Vasconcelos tem previsão de receber vigias.
Atualmente, a segurança de 136 prédios dos dois municípios é feita por 35 viaturas da Polícia Militar (PM) através de rondas. Os carros passaram a usar os colégios como ponto de parada.
Desde 5 de agosto, quando os vigilantes deixaram os prédios, várias escolas tiveram objetos roubados durante a madrugada, o que gerou diversos protestos de professores e alunos. Os contratos com as quatro empresas que faziam o serviço não foram renovados por falta de dinheiro por parte do governo e uma dívida de R$ 19 milhões.
FONTE: Jornal A Gazeta