Chutes, socos, furtos, roubos, pancadas e lesões corporais covardes. Assim foi a conduta da suposta federação e do SINDESV DF, que ordenaram agressões violentas aos trabalhadores e dirigentes sindicais dos vigilantes, que saíram das suas bases para defender os interesses da categoria, em assembleia na sede do SINDESV DF, para fundação re-ratificação da federação, já arquivada pelo Ministério do Trabalho (DOU n.: 43, Seção: 1, Pagina: 122, 05/03/2015 processo 47480.000727/2014-17).
Embora sem qualquer embasamento legal, eis que o pedido de registro foi arquivado pelo MTE, a referida assembleia foi publicada no Diário Oficial da União, para ser realizada na manhã nesta quinta-feira (10/08), na sede do SINDESV DF, convocando todos os representantes dos sindicatos dos estados do Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal.
Estiveram então presentes, a CONTRASP, 4 sindicatos dos vigilantes do Goiás, o Sindicato dos Vigilantes do Rio de Janeiro e três Federações – FEV RJ, FESVINE e FITV, que foram expulsos a força da recepção, roubados e agredidos, assim como os assessores e trabalhadores presentes. Estes, que foram espancados apenas por tentarem fazer parte de forma democrática da assembleia.
Além de furto, roubo, ameaças e lesões corporais, houve o espancamento covarde a um dos assessores da FITV e Fesvine, no qual as autoridades policiais investigam, já que devido a gravidade pode se enquadrar em tentativa de homicídio.
Após ser expulso e obrigado a evacuar a força do local, o assessor da Fesvine, Oliver Oliveira Oliva, caiu no chão e foi agredido por pelo menos quinze homens. Entre murros, socos, chutes e spray de pimenta no rosto, uma de nossas assessoras, colocou seu corpo para bloquear as fortes agressões ao trabalhador.
“O meu sentimento é de indignação. O meu papel era de assessorar as entidades sindicais e fazer um documento, caso impedissem erroneamente a nossa entrada. Mas os dirigentes sindicais do SINDESV DF e FEVIG – que têm como papel defender os direitos dos trabalhadores e a democracia, partiram para a violência física. Eles que deveriam lutar pelos trabalhadores, fazem a prática inversa”, relatou o Oliver.
Entre outras vítimas da violência do SINDESV DF, está a nossa Assessora Regina Domingues. Ela tentou impedir que os agressores continuassem a bater no assessor Oliver, que estava no chão sendo espancado. Ela colocou o seu corpo na frente para a defesa e foi golpeada duas vezes na mandíbula – golpe característico de quem quer desmaiar a pessoa.
Da janela, o ex presidente do SINDESV DF afirmou: “Procurou e achou!” – configurando que tudo foi a mando dos diretores do SINDESV DF. Ela também teve seu celular roubado, por estar gravando todas as agressões, que foi jogado contra a parede e caído no subsolo. Quando ela foi atrás do celular, o SINDESV DF já havia pegado o aparelho.
“É revoltante, porque quem paga são os trabalhadores. O sentimento é de que a Justiça deve ser feita – as agressões que sofri é de inteira responsabilidade do SINDESV DF e da FEVIG, que deverão pagar pelas lesões e traumas junto com as pessoas que me agrediram”, relatou Regina Domingues.
O tesoureiro da FITV, Edilson Silva, também foi covardemente agredido por cinco homens. “Estávamos dentro do SINDESV DF, lendo o edital de convocação e começaram a nos agredir com socos e chutes. Jogaram os trabalhadores para fora” contou Edilson.
Por filmar as agressões, Edilson Silva também teve seu celular roubado. Cerca de cinco homens foram para cima do dirigente, que foi agredido e saiu sangrando para a delegacia e para o IML.
Da mesma forma e com a mesma covardia, o Presidente da FITV, Celso Adriano Gomes da Rocha, foi também perseguido e agredido com fortes chutes no peito, braço e saiu com escoriações no corpo.
Representantes da ASEVI DF, Gilberto Costa e Givaldo de Souza, foram agredidos e ameaçados de morte. Outra vítima foi a jornalista da CONTRASP, Ana Roberta Melo, que teve sua câmara roubada por gravar todas as agressões e, posteriormente, devolvida sem o cartão de memória.
“Repudiamos a atitude da direção do SINDESV DF e da suposta federação, ao recepcionar de forma violenta as lideranças sindicais, em uma assembleia que deveria ser democrática. O que o Chico Vigilante está fazendo, reflete o seu desespero e insegurança de representar a categoria dos vigilantes, sobretudo ao fato de, desesperadamente e irresponsavelmente publicar inverdades nas redes sociais sobre o ocorrido e enganando os vigilantes de Brasília, assim como a categoria em nível nacional”, relata Frank Romero do Nascimento, diretor da Fesvine-PS.
Apesar dos roubos e da tentativa de mascarar a verdadeira face truculenta do SINDESV DF e da FEVIG, muitas provas foram guardadas e registradas na Polícia. As vítimas foram encaminhadas ao IML, que registrou as marcas físicas e assustadoras dos agressores do SINDESV DF e da FEVIG, que contrataram mais de 50 homens violentos, para agredir nossos sindicalistas.
“A indignação é grande por termos ido à assembleia de forma legítima, e fomos impedidos de participar da assembleia sobre a criação de uma suposta federação. Somos contra esta criação, afinal, a Federação do Rio de Janeiro e FITV já representam esses trabalhadores”, afirmou Sérgio Luiz da Silva, Presidente da FEV RJ.
Ainda segundo o relato do Sérgio Luiz, no momento que abriram a assembleia na sede do SINDESV DF, pessoas que faziam a segurança para o SINDESV DF receberam a ordem de colocar todos os trabalhadores para fora, terminando com agressões físicas aos dirigentes sindicais e trabalhadores que estavam presentes.
“Inclusive, havia entidades sem legitimidade participando da assembleia”, finalizou o Presidente da FEV RJ.
Hoje infelizmente vivemos a maior decepção no âmbito do movimento sindical dos vigilantes, a justiça será feita e o movimento sindical deverá ser devolvido para as mãos dos verdadeiros trabalhadores. As provas irrefutáveis dos fatos narrados encerram qualquer discussão sobre possíveis negativas de autorias.
E por fim, a assembleia não foi realizada.