Cerca de cinco homens armados danificaram três caixas nesta madrugada. Eles teriam fugido ao se assustarem com reação de vigilante.
Cinco homens armados entraram na agência do Banco do Brasil em Goiana, Mata Norte do estado, e explodiram três caixas eletrônicos. A ação ocorreu na madrugada desta quinta-feira (1º). De acordo com o comandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar, major Marcos Evangelista, apesar do estrago causado, o grupo não conseguiu levar o dinheiro.
Como a agência bancária está em reforma, havia um vigilante e dois funcionários da obra no momento da investida. Os homens chegaram a conseguir explodir os artefatos, mas fugiram quando o vigilante começou a reagir e atirar contra o grupo. “Tudo ocorreu por volta das 3h. Eles estavam armados, mas não houve trocas de tiros. Acho que eles são uma quadrilha inexperiente e se assustaram com a reação do vigilante”, acredita o major.
Até o momento, ninguém foi localizado pela polícia. Para o major, encontrar esse tipo de quadrilha é difícil por Goiana fazer fronteira com a Paraíba. “Nessa semana, uma quadrilha foi presa na Paraíba. Paraíba também está com uma onda de assaltos a bancos. Eles agem e já partem para o outro estado. Estamos atentos a qualquer movimentação e a Polícia Civil também está investigando”.
A agência foi isolada pela Polícia Militar. A corporação aguarda a perícia do Instituto de Criminalística (IC) e a Polícia Civil para confirmar que nenhuma quantia foi roubada. “Eles não levaram o dinheiro, mas é de praxe aguardar essa confirmação do IC”, explicou o major. O G1 entrou em contato com o Banco do Brasil, que explicou a agência não funciona nesta quinta e na sexta (2) devido aos danos, “que estão sob análise da área de engenharia”.
O banco apontou ainda que “além do atendimento oferecido pelo Banco Postal e das unidades do BB nas praças vizinhas, disponibiliza canais alternativos de atendimento como correspondentes bancários, central telefônica, mobile banking (celular) e internet”.
Onda de assaltos
Foram registrados pela Polícia Civil de Pernambuco 110 assaltos a banco entre janeiro e julho deste ano, o que inclui o crime à mão armada, arrombamentos de caixas eletrônicos, arrombamentos de cofres, ações com uso de explosivos e sequestros de gerentes, o chamado sapatinho. Um dado superior aos 97 registrados no mesmo intervalo de tempo em 2015.
Do total, 77 ocorrências foram direncionadas a terminais bancários em Pernambuco, sendo 39 arrombamentos de caixas eletrônicos e 38 explosões. Os números representam um aumento de 105% nos arrombamentos e de 35% nas explosões em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros sete meses do ano anterior, foram 19 caixas arrombados e 28 detonados com explosivos.
Uma força-tarefa foi criada entre as polícias Civil e Federal no estado para investigar essas ocorrências, que seguem sendo frequentes no mês de agosto. No dia 12 de agosto, foram registrados arrombamentos em três cidades do interior do estado.
Em 5 de agosto, no município de Machados, no Agreste, houve outra investida criminosa. Durante cerca de 20 minutos dentro do banco, os assaltantes deixaram de lado os caixas eletrônicos, alvos mais comuns, e explodiram o cofre da agência, levando todo o dinheiro. Depois da ação, os homens ainda efetuaram disparos e jogaram grampos nas ruas próximas para tentar impedir a perseguição policial.
Uma ação ousada no prédio da Procuradoria Regional da Fazenda Nacional, na Avenida Agamenon Magalhães, no Espinheiro, Zona Norte do Recife, levou pânico a moradores das imediações no dia 2 de agosto. Bandidos especializados em explosão de caixas eletrônicos explodiram o caixa no prédio e trocaram tiros com a Polícia Militar. No dia seguinte, a investida aconteceu no Banco do Brasil de Bom Jardim, no Agreste, distante 104 quilômetros da capital pernambucana.
Além desse, outros municípios pernambucanos foram vítimas de ataques recentes. João Alfredo, Feira Nova, Macaparana, Buenos Aires, Orobó, Passira, Cumaru, Bom Jardim e Lagoa do Carro também tiveram casos semelhantes de assaltos. Algumas das agências estão em reforma, mas outras sequer apresentam previsão para normalizar os atendimentos.
FONTE: G1