Entre as medidas que devem ser adotadas para reforçar a segurança nos campi da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão sistema de identificação de veículos para entrada no campus e aumento efetivo de vigilantes, especialmente com seguranças do sexo feminino. As informações foram repassadas pelo novo reitor Valder Steffen durante entrevista ao G1.
A reitoria teve acesso à determinação da Justiça Federal sobre o policiamento ostensivo na UFU na última semana, mas disse que a intenção é contar com a presença da Polícia Militar (PM) nas imediações dos campi de forma mais efetiva e não dentro. Paralelamente a isso, devem ser adotadas ainda neste ano algumas medidas internas para garantir mais segurança à comunidade acadêmica.
“Queremos, por exemplo, implementar um projeto com a identificação de todos os veículos que entram no campus. Quem for da comunidade universitária vai ter um adesivo no para-brisa que poderia ser renovado anualmente, sem atraso e formação de fila nas portarias. Já o visitante seria identificado. Assim teríamos uma ideia melhor dos veículos que estão dentro dos campi e saber quem está aqui dentro”, disse Steffen.
Também já está sendo preparada nova licitação para aumentar o número de vigilantes patrimoniais. O foco dos contratos está voltado para seguranças do sexo feminino que, segundo o reitor, já era uma demanda antiga da universidade.
Outra medida citada é a disponibilização de um telefone para que servidores e alunos possam acionar quando se sentirem inseguros dentro da UFU, principalmente no turno da noite. Após a ligação, um dos vigilantes acompanharia a pessoa até o estacionamento com o intuito de coibir ações criminosas.
Campus Umuarama
Em novembro do ano passado, caixas foram explodidos em uma agência que fica dentro no campus Umuarama em Uberlândia. Assaltos e furtos já foram relatados por alunos da instituição, incluindo uma aluna do curso de Ciências Biológicas que chegou a ser sequestrada e ameaçada de morte.
De acordo com Valder, as ações de segurança também serão direcionadas ao campus.
“Várias ações estão sendo consideradas e o Umuarama ainda é um campus de grande preocupação para nós por ser um local ainda mais exposto, num certo sentido, do que o Santa Mônica. Estamos negociando também com a Prefeitura a mudança de algumas linhas de ônibus próximo ao campus, porque as que existem estão deslocadas e obrigam as pessoas a caminhar até um ponto ficando vulneráveis à abordagem de crimininosos”, finalizou o reitor.
Fonte: Folha MT