Chega ao absurdo o desconhecimento da profissão do vigilante pelas autoridades. Uma profissão de risco, de coragem, de verdadeiros heróis é tratada com descaso.
Os vigilantes atuam defendendo o patrimônio e vida. Mas, para isso, o Estado não permite armamentos adequados e a reação dos profissionais é condenada. Para eles, vigilante não pode proteger a sua vida, tem mesmo é que morrer.
A exemplo do caso julgado no Rio, em que os vigilantes tiveram a sua ação condenada por reagirem a um assalto. É absurda que o saldo de uma vítima baleada seja imputada a reação dos trabalhadores que colocam sua vida em risco. Não aos bandidos, não a falta de segurança pública, a inexistência de medidas efetivas e não a um Governo que não protege a sociedade e muito menos os trabalhadores.
O que precisamos é de melhores condições de trabalho. De um armamento que iniba as ações criminosas. De um Governo que pense e atue pela segurança, e não impute suas responsabilidades aos trabalhadores que defendem a vida e o patrimônio.
Outro exemplo é o último sinistro ocorrido no Rio de Janeiro, em que a Rede Record traz um suposto especialista afirmando que armar melhor o trabalhador só traria prejuízos, dizendo ainda que o risco de armar o vigilante é muito maior para a população.
“O risco da sociedade não se faz presente com trabalhadores treinados e bem armados. O verdadeiro risco se faz presente com bandidos e criminosos extremamente armados, matando trabalhadores e a população”, afirma Celso Adriano Gomes da Rocha, Diretor da CONTRASP e Presidente da FITV e do SEESVIG/MS.
É revoltante perceber que para as grandes mídias, para o Governo e alguns especialistas, o vigilante tem o dever de proteger, mas não o direito de se defender. Enquanto a sociedade, o Governo e a segurança pública não tiverem a consciência do heroísmo e risco diário dos nossos trabalhadores, a justiça e a sociedade continuarão, por ignorância, imputando a nós a responsabilidade de sinistros como estes.
A CONTRASP cobrará dos governantes a mudança de nosso armamento e repudia o comentário do especialista de segurança sobre o assalto.
Fonte: Bom Dia CONTRASP