A Paraíba teve 119 casos de violência contra bancos entre 1º de janeiro e 27 de outubro de 2015, segundo um levantamento do Sindicato dos Bancários da Paraíba. Apenas nesta terça-feira (27), dia em que os bancos voltaram a abrir depois de 21 dias de greve, foram registradas duas explosões e um assalto nos municípios de Cruz do Espírito Santo, Natuba e Barra de São Miguel.
O tipo de ocorrência mais comum esse ano foi a explosão, com 67 registros em todo o estado. Em seguida, aparece o arrombamento (24), saidinha de banco (13), tentativa de arrombamento (11) e assalto (4).
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que além dos clientes e funcionários, a violência contra bancos afeta também as instituições financeiras, que precisam reformar o local onde ocorreu a explosão, e repor os equipamentos danificados, sem reaproveitamento de peças ou maquinário.
Segundo a Febraban, além dos investimentos – cerca de R$ 9 bilhões anualmente -, os bancos adotaram ao longo de uma década uma série de medidas preventivas para contribuir com a redução dos assaltos. Instalaram cofres com dispositivo de tempo, circuitos fechados de televisão (CFTV), sistemas de detecção e de monitoramento, alarme, entre outros.
Entretanto, segundo a federação, com agências bancárias mais protegidas, caixas eletrônicos mais robustos e procedimentos mais rigorosos, a “criminalidade migrou” para meios mais violentos, como explosões de caixas eletrônicos..
“Nesses assaltos e arrombamentos, as ações são muito rápidas e usam força desproporcional, com armamentos pesados, de elevado poder de destruição. Para os bancos, a ação de segurança permitida pela legislação aos estabelecimentos comerciais e bancos é insuficiente frente à violência empregada. O combate desse tipo de crime exige um conjunto de ações no âmbito da segurança pública, com as quais a Febraban e os bancos associados estão comprometidos em dar sua contribuição”, diz a nota.
De acordo com a federação, os dispositivos de segurança instalados nos terminais de autoatendimento como aqueles que danificam as cédulas, se constituem em uma das frentes de combate aos ataques a caixas eletrônicos, mas são insuficientes para desestimular os ataques criminosos a caixas automáticos. A Febraban acrescentou que mantém reuniões com órgãos das Polícias Civil, Militar e Federal e do Exército para a identificação e prisão dos arrombadores.
O G1 tentou contato, por telefone, com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança, mas, até a publicação desta reportagem não obteve retorno.
Fonte: G1 PB – PARAÍBA – 27/10/15.