Atuando em conjunto com a segurança pública, a Segurança Privada visa garantir a integridade física e a segurança de indivíduos e patrimônios públicos e privados. No entanto, o crescimento e a qualificação do setor só não é maior por causa da atuação de empresas clandestinas que ainda atuam no mercado, o que coloca em risco a vida ou o empreendimento do contratante, que não tem garantias de que o profissional contratado possua capacitação, bons antecedentes e as empresas, autorização de funcionamento.
Para informar e alertar a população sobre esses riscos, a Polícia Federal, a Fundação Brasileira de Ciências Policiais (FBCP) e a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) lançam, nesta quarta-feira (24), na Academia Nacional de Polícia (ANP/DPF), a “Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Segurança Clandestina”.
Para a coordenadora-geral de Controle da Segurança Privada da Policia Federal, Silvana Helena Vieira Borges, a campanha tem o objetivo de conscientizar e esclarecer os cidadãos sobre a importância da contratação do serviço regular de segurança privada, bem como representa uma oportunidade de padronização de procedimentos, trabalho este que ao final visa trazer maior segurança à sociedade.
De acordo com Getúlio Bezerra, delegado de Polícia Federal e diretor presidente da FBCP, essa iniciativa abrange o alinhamento de estratégias que visam a informação e o fortalecimento do setor de segurança privada.
Para Jeferson Furlan Nazário, presidente da Fenavist, a iniciativa vem para complementar e reforçar o trabalho de fiscalização já desenvolvido pela Polícia Federal. “Por meio da campanha esperamos conscientizar os futuros contratantes sobre os riscos reais da clandestinidade”, destaca.
Cartilha
Durante o lançamento da campanha, será distribuída a cartilha “Como Contratar Segurança Privada Legal e Qualificada”, que tem o intuito de instruir de maneira clara quais critérios levar em conta ao contratar uma empresa de segurança. Além disso, a publicação apresenta quais riscos o contratante está sujeito ao optar por uma empresa clandestina.
A presença de pessoas inabilitadas e com antecedentes criminais no interior da empresa, estabelecimento ou domicílio privado, tendo acesso a informações da rotina, dos bens e valores e a presença de armas e munições de origem irregular, são apenas alguns exemplos apresentados na cartilha educativa.
Clandestinidade
No Brasil, existem mais de 2.500 empresas de segurança privada legalizadas. No entanto, é quase o dobro o número de companhias clandestinas que atuam no setor, causando a chamada “concorrência predatória”.
De acordo com a Lei 7.102/83, que regulamenta o setor da segurança privada, apenas empresas autorizadas pela Polícia Federal podem comercializar serviços de segurança privada.
Além disso, os profissionais – vigilantes – devem realizar o curso de formação de vigilantes em escola autorizada pela Polícia Federal e possuir cadastro na instituição.
Fonte: http://www.jb.com.br/