A Polícia Civil realiza a segunda fase da “Operação Cangaço” desde a madrugada desta quinta-feira (24) para combater uma quadrilha especializada em explodir e roubar caixas eletrônicos em sete cidades do Paraná. Serão cumpridos 30 mandados judiciais, sendo sete de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão.
Os crimes investigados são associação criminosa, associação para o tráfico, tentativa de homicídio, roubo, receptação, posse ilegal de arma e tráfico de drogas. Os presos serão levados para a delegacia de Londrina, no norte do estado.
Até as 8h20, as cidades alvo da ação não tinham sido divulgadas.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 21 de janeiro deste ano e prendeu 21 pessoas suspeitas de praticar 22 roubos a bancos e caixas eletrônicos. Ao todo, foram apreendidas 15 armas, sendo uma submetralhadora, além de pistolas calibre 12 e 40 e também de outros calibres, além de carros, munições, farda camuflada, balança de precisão, entre outros.
Em um dos roubos, a quadrilha utilizou uma máquina retroescavadeira para destruir uma agência bancária de Ortigueira. Entre os detidos estava um funcionário público da prefeitura, suspeito de operar a máquina.
“O nome da operação é uma alusão ao alusão ao período de banditismo brasileiro ocorrido no nordeste do Brasil — na época liderado por Lampião. Mas, ao invés de andar pelas cidades em busca de justiça e vingança, as organizações criminosas hoje chegam nas cidades e cometem crimes como roubo a banco”, explica a Polícia Civil.
Mais de 170 explosões em 2015
Um levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) mostrou que 172 casos de explosões a caixas eletrônicos foram registrados em todo o Paraná em 2015. Ao todo, 130 criminosos foram presos.
Embora o índice ainda seja considerado alto, o levantamento aponta redução de 16% em relação a 2014, quando foram registrados 204 ataques aos equipamentos eletrônicos.
Fonte: G1 PR – PARANÁ – 24/03/16