SÃO PAULO – Os roubos a banco cresceram na capital, segundo levantamento da Secretaria da Segurança Pública. Foram 68 casos no acumulado no ano (janeiro a setembro), ante 57 no mesmo período do ano passado – alta de 19,3%.
Já os roubos em geral caíram, mas os números continuam altos. Os registros do acumulado do ano na capital (janeiro a setembro) somam 114.651 casos – foram 122.044 no mesmo período em 2014. 92
Em setembro, a taxa de homicídios dolosos foi de 9,05 casos por 100 mil habitantes
O índice foi um dos poucos que não haviam sido informados pela pasta, que começou a divulgar as estatísticas de maneira “fatiada” na semana passada. Um dos pontos comemorados pelo governo do Estado foi a queda dos homicídios, que alcançaram a menor média desde o início da atual série histórica, em 2001.
Em setembro, a taxa de homicídios dolosos foi de 9,05 casos por 100 mil habitantes. Foram registrados 78 assassinatos no mês, 20,41% menos do que os 98 casos contados pela polícia em setembro do ano passado.
O número está abaixo do índice que a Organização Mundial da Saúde (OMS) usa para definir uma epidemia, que é a existência de 10 casos a cada 100 mil habitantes. No Estado, na região metropolitana e no interior, os assassinatos também caíram. Porém, entidades de defesa dos direitos humanos e a Ouvidoria da Polícia criticam a metodologia aplicada, pois não trabalha com o conceito de morte violenta, que incluiria a letalidade policial (pessoas mortas pela polícia) e os latrocínios (roubos seguidos de morte).
Os latrocínios – outro crime hediondo – também apresentaram queda. Em setembro, foram nove casos na capital, ante 13 no mesmo mês do ano passado – redução de 30,77%. A tendência também foi mantida no Estado e demais regiões.
Política. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que, “enquanto estiver no cargo”, os dados serão divulgados separadamente para que os jornalistas e população “entendam melhor” os números. “Ao todo, temos 11 tópicos na estatística (crimes), que, juntos, somam 132 itens. É impossível compreender tudo de uma vez.” Ele negou motivações políticas para a iniciativa.
Fonte: PORTAL DO ESTADO DE S.PAULO – SÃO PAULO – 26/10/15.