O comportamento insano dos empresários em enriquecer a todo custo e a ambição descontrolada está colocando em risco de morte os trabalhadores vigilantes em Pernambuco. Em denúncia, o Sindfort-PE está atuando contra a prática de empresas em realizar a manutenção dos carros-fortes em oficinas clandestinas, sem autorização do Exército Brasileiro.
Em fiscalização, o Sindfort-PE identificou a malandragem dos patrões que estão mascarando a manutenção dos carros-fortes em oficinas que não possuem autorização, a fim de baratear o custo. O descaso, porém, pode custar a vida dos trabalhadores, que passam a não contar com a blindagem fiscalizada e a segurança mínima do veículo diante dos intensos sinistros que estão ocorrendo no estado e no Brasil.
O número de ataques a carros-fortes no Brasil bateu o recorde em 2017: foram 109 ataques contra 65 ocorrências registradas em 2016. Pernambuco foi o segundo estado brasileiro que mais sofreu ataques a carros-fortes, com aumento assustador de 133% de sinistros em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa Nacional de Ataques a Carros-fortes da CONTRASP.
E ainda assim as empresas brasileiras perderam a noção do perigo e do risco em nome da ganancia. Diante da ilicitude, essas empresas passam a ser responsáveis e corresponsáveis pela morte ou acidente dos trabalhadores.
A Portaria nº 55 do Exército Brasileiro, que trata das regras de veículos blindados, é clara: para a prestação de serviço de blindagem em veículos automotores é preciso de registro no Exército. Assim como os materiais utilizados na montagem ou fabricação das blindagens serão classificados e autorizados, depois de submetidos ao órgão competente do Comando do Exército, conforme Portaria nº 3 . 233 / 2012 da DPF.
O papel do Sindfort-PE é esse: fiscalizar, denunciar e evitar um futuro sinistro ao trabalhador. A CONTRASP segue em apoio ao Sindicato e aos vigilantes, reforçando a importância da manutenção dos carros-fortes de acordo com exigências do Exército Brasileiro, em proteção a vida dos trabalhadores. Toda e qualquer irregularidade deve ser denunciada ao Sindicato, que está atuando fortemente na defesa do segmento.
Fonte: Bom Dia CONTRASP