O Sindfort-PE está enfrentando uma guerra contra as empresas de transporte de cargas que utilizam a escolta clandestina e, neste momento, pede apoio nacional de todos contra a ilegalidade que virou uma verdadeira catástrofe em Pernambuco.
O Sindicato reuniu documentos e denunciou na Polícia Federal a execução irregular do serviço, denunciando inclusive com nome e CNPJ. Porém, nenhuma medida concreta foi realizada o que aumenta a urgência de união e pressão da categoria.
Quanto vale a vida? Para muitos empresários, não há valor algum. O Brasil é o sexto país mais perigoso para o transporte de carga, em um ranking de mais de 57 nações, perdendo apenas para regiões como Síria e Afeganistão.
Ainda assim empresários utilizam a clandestinidade no setor, colocando pessoas desqualificadas sem nenhum preparo profissional para proteger a vida e o patrimônio. O resultado é visível: o Brasil está na pesquisa ao lado de regiões conflagradas e em guerra.
“As consequências são grandes e uma tragédia pode ocorrer a qualquer momento. Sem falar que desencadeou uma crise no setor: as empresas de escolta armada estão demitindo os vigilantes, os trabalhadores qualificados que realizam cursos e reciclagens, porque as transportadoras de cargas só procuram a clandestinidade. Virou uma crise”, explica o diretor do Sindfort-PE, Lupércio Liberato.
Soma-se a isso a negociação salarial em Pernambuco. Segundo o Sindfort-Pe, as negociações estão árduas devido a preferência da clandestinidade. Os patrões alegam já não ter lucro no segmento e não querem negociar um piso salarial digno aos vigilantes.
E tem mais: a cara de pau é tamanha, que criaram empresas intermediárias que negociam o serviço ilegal. Além disso, muitas vezes são os policiais militares que pegam o serviço clandestino como “bico”.
Com a clandestinidade, a população fica desprotegida, visto que quem deveria está fazendo a segurança responsável é na verdade uma pessoa sem qualificação. A CONTRASP, as Federações e Sindicatos filiados, estão unidos na luta para combater a clandestinidade da segurança privada que atinge todo o Brasil.
Fonte: Bom Dia CONTRASP