Homem foi encontrado após prisão de outro suspeito com dinamite e armas. Grupo matou dois e roubou empresa de valores na madrugada de 5 de julho.
A Delegacia Seccional de Ribeirão Preto (SP) confirmou que um dos suspeitos de participar do mega-assalto à empresa de transporte de valores Prosegur, na madrugada de 5 de julho, foi preso na noite desta sexta-feira (15). Parte do dinheiro roubado também foi recuperado.
O local da prisão e o envolvimento do homem no crime não foram informados pela Seccional. “As investigações permanecem sob sigilo, razão pela qual o nome do preso e valores não serão informados”, diz o comunicado enviado.
Durante a manhã, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) já havia prendido um homem que supostamente também participou do assalto. Na casa dele, os policiais encontraram armas de alto poder de fogo, além de dinamite, coletes à prova de balas e máscaras de gás.
A Polícia Civil ainda não confirmou a relação entre os suspeitos e se os objetos foram usados no ataque à Prosegur.
O advogado do suspeito preso durante a manhã, César Luiz Beraldi, nega que o homem tenha relação com o mega-assalto.
Mega-assalto
A PM estima que ao menos 20 homens tenham explodido o prédio da Prosegur e usado 15 veículos na fuga – três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial em Jardinópolis (SP). Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado.
Na fuga, a quadrilha atirou contra dois policiais rodoviários na Rodovia Anhanguera (SP-330). Um deles, de 43 anos, foi atingido na cabeça e morreu. Um morador de rua que foi usado como escudo, também morreu. A polícia investiga se um corpo achado no Rio Pardo pode ser de uma terceira vítima do crime.
De acordo com a Polícia Militar, o grupo estava fortemente armado e tinha desde pistolas a fuzis 556, 762 e ponto 50, munição capaz de derrubar aviões, além de dinamite. O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior, disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão.
Apesar de reconhecer que a Polícia Militar não conseguiu evitar a fuga dos suspeitos, o coronel Humberto de Gouvêa Figueiredo, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior (CPI 3) afirmou que o plano de atuação da PM foi “adequado” e “eficiente”.
Este foi o terceiro crime do mesmo tipo no Estado de São Paulo só em 2016, o que leva a polícia a suspeitar que a mesma quadrilha esteja coordenando os ataques.
FONTE: G1