Absurdamente uma vigilante foi presa por desacato, nesta quinta-feira (31/03), em uma agência bancária na 510 da Asa Sul, área nobre em Brasília, após barrar a entrada de um Policial Militar (PM) que tentou entrar armado e não quis se identificar. A vigilante agiu corretamente e, no estrito cumprimento de suas funções, não houve desacato por parte da trabalhadora. A vigilante atuou de acordo com as normas de defesa do patrimônio e de segurança dos clientes.
É necessário que a comunidade tenha consciência de que cabe ao vigilante a proteção interna do estabelecimento em que presta serviço. Só a farda não credencia a função do policial, uma vez que as fardas podem ser compradas por qualquer um e utilizadas por bandidos, o que torna necessário a identificação. Não há desacato, o que há é uma intolerância e principalmente o desconhecimento por parte dos seguranças públicos com a atividade da segurança privada.
“Precisamos conscientizar a sociedade que a segurança privada é um aliado da segurança pública e que devemos ser respeitados no cumprimento de nossa função. Os policiais têm que entender que o vigilante atua para proteger a vida e o patrimônio de terceiros, e o documento de identidade deve ser exibido quando solicitado”, defende João Soares, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp). A Contrasp repudia qualquer ato de desrespeito aos nossos trabalhadores da segurança privada, e exigimos respeito e valorização. Já nos posicionamos oficialmente para as autoridades competentes e defenderemos todo o trabalhador que passar por qualquer tipo de constrangimento no exercício e em razão de sua função.
Essa luta é nossa.
Por Ana Roberta Melo
Da Contrasp