Apenas ontem (19/02) foram dois aterrorizantes sinistros no estado. No total, quatro vigilantes estão hospitalizados
O dia de ontem foi de terror no Piauí e a carnificina segue em alta na segurança privada em todo o país. Dois ataques a carros-fortes no Piauí deixaram rastros de destruição e, no total, quatro vigilantes foram atingidos pelos estilhaços de tiros de fuzis .50 e estão hospitalizados.
Segundo o Sindvalores/PI, que está acompanhando de perto os casos e os companheiros, o primeiro crime ocorreu entre Altos e Campo Maior, na região norte do Piauí, por volta das 15h30.
Os criminosos agiram com fuzis calibre .50, que furou a blindagem do carro-forte da Prosegur. Os estilhaços dos tiros atingiram a cabeça e o tórax do motorista. O companheiro passou por cirurgia ontem (19/02) na cabeça, que durou cerca de quatro horas. Neste momento ele está na UTI em estado grave.
Além do motorista, outro vigilante foi atingido no braço pelos estilhaços. Ele também se encontra hospitalizado.
Cerca de meia hora depois, mais um ataque. O segundo sinistro ocorreu próximo ao município de Água Branca de forma muito semelhante. Os criminosos atacaram com .50, perfurando a blindagem do carro-forte.
Os estilhaços dos tiros atingiram dois vigilantes. Um companheiro foi atingido na perna e outro no braço. Os dois estão hospitalizados.
“O carro-forte deixou de ser forte há muito tempo. Enquanto estivermos com esse armamento precário e essa blindagem que não segura os tiros dos armamentos de guerra dos bandidos, continuaremos com a nossa vida em jogo e noticiando desastres como estes”, afirmou o Sindicato, que denunciou também a postura assustadora das empresas, que nestes casos só querem saber o quanto foi roubado. Não se importam com a vida dos trabalhadores.
O nosso maior patrimônio é a vida
É desumana a realidade da categoria. Sem o devido reconhecimento na profissão de risco, pais e mães de família protegem vidas e patrimônios de terceiros, sem a segurança que chegarão em casa no final do expediente.
A CONTRASP atua em defesa da vida, trabalhando diariamente em suas campanhas nacionais pela extensão do porte de arma e pela troca de armamento dos vigilantes. Para emplacar estas urgências, articulamos com deputados e senadores e, entre outras iniciativas, uma esperança está PLS 16/2017, que permite armamentos de calibres maiores aos vigilantes.
Precisamos do máximo de mobilização, apoio e divulgação para pressionar as autoridades que se mantêm caladas. Essa luta é nossa!
Fonte: Bom Dia CONTRASP