“Nós viemos fazer duas cobranças: a questão da elaboração do decreto da periculosidade, que a Seplag informou estar em fase de término e até agora nada foi feito e sobre o desconto dos filiados do sindicato, que a Seplag não quer fazer esse desconto alegando que o sindicato ainda não tem Carta Sindical, só que esquece que existem oito sindicatos nessa situação e a Secretaria faz o desconto. A própria lei diz que o desconto sindical independe da Carta”, lamenta o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe, José Ferreira de Souza Júnior.
De acordo com ele, a categoria não tem previsão de retorno ao trabalho, até que tenham as reivindicações a exemplo do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCV), atendidas.
“Paralisamos as atividades na última sexta-feira e não temos previsão de retorno, já que o Governo até agora não dialoga com a categoria referente a implantação do Plano de Carreira e à periculosidade, uma vez que ele cortou o terço dos servidores, que vieram a ser prejudicados com o objetivo no Plano de Carreira, que não foi implantado. Se hoje um servidor com 30 anos de serviço tivesse recebendo o salário mínimo com o triênio e o terço, estaria recebendo mais de R$ 1.500. Atualmente recebem R$ 1.200”, lamenta.
Mobilização
A categoria estará reunida em assembleia na próxima sexta-feira, 5 na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a partir das 8h. “Vamos analisar na assembleia da próxima sexta-feira, a situação da greve, os municípios que pararam, quem aderiu. E estaremos fazendo uma grande mobilização para o dia 19, quando se comemora o Dia dos Vigilantes, onde está prevista a vinda do relator do Piso Nacional dos Vigilantes. Já vai vir agora o Piso Nacional dos Vigilantes e o Governo não paga a periculosidade”, acrescenta Ferreira Júnior.
Seplag
Em nota, a Assessoria de Comunicação da Seplag informou que a respeito da periculosidade dos vigilantes, todas as providências para a formalização já foram tomadas e o processo para concretização está em fase final.
Com relação as demais reivindicações, o Governo informou que está tomando todas as medidas possíveis para contornar a crise financeira e concretizar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores Públicos do Estado (PCCV).
De acordo com a nota, entre as ações do Governo para redução de despesas de custeio estão os ajustes nos gastos com pessoal e cortes como, por exemplo, a determinação da redução de gastos com passagens aéreas e diárias e a criação do grupo de Trabalho Técnico para Acompanhamento de Gastos Públicos.