Situação é de 28 vigilantes que trabalham em secretarias do estado. Categoria também protestou contra a modificação da jornada de trabalho.
Vigilantes que trabalham em Petrolina, no Sertão pernambucano, realizaram na manhã da sexta-feira (28) na Praça Dom Malan, na região central da cidade, um protesto. A motivação foi o atraso no salário e no vale-alimentação dos funcionários contratados pela Empresa Mandacaru, prestadora de serviço para as secretarias do estado de Pernambuco.
Esta é a situação de 28 vigilantes no município, segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Vigilantes do Sertão (Sindvig), Laércio Vasconcelos. Ele conta que há trabalhador com até cinco meses sem receber o salário e até nove vales atrasados. “Tem trabalhador de secretaria que está com cinco meses sem salário. Os que estão na Secretaria de Saúde estão com atraso de dois meses e dois vales-alimentação. Os da Educação também estão com cinco salários e nove vales de alimentação sem receber. De onde um pai de família vai tirar para fazer sua feira?”, questionou Laércio.
O vigilante, João Paulo Dias da Silva, presta serviço na Gerência Regional de Educação do Sertão do Médio São Francisco (GRE) e trabalha na Mandacaru há cerca de dois anos. Ele afirmou que manter a família está muito complicado. “Não tem condições de fazer feira assim. De janeiro para cá vieram pagar um vale só. Eles não têm previsão para nada”, ressaltou o trabalhador.
Em Petrolina, existem cerca de 400 vigilantes. Além da falta de pagamento, outras reivindicações que motivaram a mobilização foram as condições dos equipamentos de trabalho da categoria, como o fardamento, e a possibilidade de modificação da jornada de trabalho, de 12 horas de trabalho com 36h de folga, para 6 horas trabalhadas, trabalhando diariamente.
De acordo com o presidente do sindicato, Cláudio Marques, desta forma, os vigilantes trabalham durante todos os dias da semana e é prejudicial para a categoria. “O prejuízo vai acarretar em intrajornada, além de diminuir o adicional noturno, o que acaba sendo prejuízo para os nossos trabalhadores”, disse Cláudio Marques.