Informações sobre as folgas também chegavam de última hora, impedindo o vigilante de programar a sua vida pessoal
O TRT mineiro aumentou para R$ 10 mil reais a indenização do vigilante que exercia longas jornadas de trabalho. A empresa de segurança e transporte de valores foi condenada na 2º Vara do Trabalho de Uberlândia, ao pagamento inicial de R$ 5 mil, por submeter o vigilante as jornadas que se alongavam por mais de sete dias consecutivos.
O vigilante relatou que além das longas jornadas, ele não tinha acesso à escala que cumpriria no dia seguinte e era obrigado a ligar para a empresa e informar a respeito da escala diária. O mesmo ocorria com os companheiros.
“Independente de quem era a obrigação de realizar o contato, o fato é que a sistemática adotada pela ré descortina o completo travamento da vida pessoal do trabalhador, que não tem a mínima condição de se programar para fazer as outras atividades não relacionadas ao trabalho”, ponderou a julgadora.
A CONTRASP repudia a conduta da empresa, que além de ilegal, submete o trabalhador a consequências graves de saúde física (como estresse, hipertensão, dores de cabeça, aumento do peso e do consumo de álcool, entre outras) e também psicológicas. Bem como gerar o chamado dano existencial. Para combater práticas como esta, sempre denuncie as condutas abusivas ao Sindicato.
Fonte: Bom Dia CONTRASP